Às vezes o nosso amor adora morrer
P’ra voltar e voltar a correr
Parece que o nosso amor se evapora
Hora a que o ar do lar o aquece e devora
Às vezes o nosso amor tropeça só
Para que o chão lhe peça – “levanta-te depressa”
Às vezes o nosso amor adora sangrar
P’ra se esvair e voltar a estancar
Às vezes o nosso amor adora lamber
A cicatriz que insiste em conceber
Parece que o nosso amor se desflora só
Para que o céu lhe peça – “benze-te depressa”
Às vezes o nosso amor acalora
Para que a água estale a pele a ferver
Às vezes o nosso amor decora, ora
Parece que o ar do lar o estupora
Às vezes o nosso amor descola só
Para que peça a peça se junte numa peça
O nosso amor adora suster
O ar que inspira e sorve só p’ra verter
Às vezes o nosso amor demora a crescer
Parece que tem medo de não caber, de não caber
zé
segunda-feira, 10 de maio de 2004
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