Em entrevista à Pública do passado domingo, o Luís Afonso diz, a propósito do famigerado maomé, coisas interessantes sobre o papel do humor. Sobre como o humor é sempre urgente e resistente, porque (perdoe-se a linguagem eclesiástica) salvador. Subversor do real.
Lê-se também mais à frente sobre Edward Lear, esse habitante da cinzenta Inglaterra vitoriana, patrono do non-sense poético e construtor de deliciosa métrica e pequenos desenhos, onde imperava o absurdo. Vacas falantes, damas com pés de galinha, personagens improváveis, abertas ao riso. Maior perversão não haveria.
Nos dias que correm, há também quem faça desse verso a qualquer hora do dia ou pela noite fora. São pequenos grupos, construtores destemidos da livre associação em rima ou daquilo a que afectivamente chamam de poesia cibernética.
SC
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