Vou entrar numa de auto-crítica. Ou não sei bem se a palavra crítica é a correcta, antes uma auto-análise.
Eu oiço, vejo, encontro, muitas pessoas, que ao admitiram alguns comportamentos que de alguma forma as prejudicaram, ou prejudicaram outros, usam a expressão: «Eu sou assim!» que tanto pode ser «sou assim e, paciência...» como «sou assim, e quem não gostar que se afaste». Mas o sentido é sempre de que não há nada a fazer. Nasceram assim, e a mudança é impossível - também não respiram debaixo de água, nem batem asas no céu. E creio que essa atitude é irritante para os outros mas lhes dá um certo consolo.
E quase os invejo. Eu tenho passado a vida a fazer burradas, e a pensar depois .”Como foi possível?!” Mas foi. Como se afinal “eu fosse assim”...
Tal como não pedir comprovativos de cursos que frequento com a ideia romântica de que o importante é ficar a saber. E depois como provo que sei? De não guardar documentos que imagino ninguém precisar de ver, e enganar-me. De só combinar preços de trabalhos no final de estarem feitos, com o risco de nunca vir a receber nada por isso. É que tem sido mesmo umas a seguir às outras e de cada vez o arrependimento tem sido maior. Como se de facto existisse um padrão de comportamento claramente totó. Mas custa-me admitir : Eu sou assim: totó!
M.L.
Eu oiço, vejo, encontro, muitas pessoas, que ao admitiram alguns comportamentos que de alguma forma as prejudicaram, ou prejudicaram outros, usam a expressão: «Eu sou assim!» que tanto pode ser «sou assim e, paciência...» como «sou assim, e quem não gostar que se afaste». Mas o sentido é sempre de que não há nada a fazer. Nasceram assim, e a mudança é impossível - também não respiram debaixo de água, nem batem asas no céu. E creio que essa atitude é irritante para os outros mas lhes dá um certo consolo.
E quase os invejo. Eu tenho passado a vida a fazer burradas, e a pensar depois .”Como foi possível?!” Mas foi. Como se afinal “eu fosse assim”...
Tal como não pedir comprovativos de cursos que frequento com a ideia romântica de que o importante é ficar a saber. E depois como provo que sei? De não guardar documentos que imagino ninguém precisar de ver, e enganar-me. De só combinar preços de trabalhos no final de estarem feitos, com o risco de nunca vir a receber nada por isso. É que tem sido mesmo umas a seguir às outras e de cada vez o arrependimento tem sido maior. Como se de facto existisse um padrão de comportamento claramente totó. Mas custa-me admitir : Eu sou assim: totó!
M.L.
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