Pronto. Tudo o que ia escrever, está já escrito e melhor do que eu faria, pelo Luís Rainha . Mas como já vinha com esta engatilhada, não vou perder o post...
Como se trata de saúde é mais de chorar, mas a verdade é que dá vontade de rir. Uma ideia genial. Lembram-se de uma palavra de ordem que era "os-ricos-que-paguem-a-crise"? Era natural, quem tinha dinheiro, pagava. Agora temos que "os-doentes-que-paguem-o-tratamento". E porque não? Não adoecessem, ora então!? Fiquei mesmo interessada, um governo tipo Robin dos Bosques, que tira aos que têm mais, para subsidiar os pobrezinhos. São medidas de longo alcance e, em breve, os países nórdicos que tinham uma política social razoável, virão em fila a Portugal perguntar como se faz. Há para aí uns ricaços, que quando se sentam mal dispostos decidem ir entupir as urgências dos hospitais. É mal. Não se faz. E ficam 8 horas ali até serem atendidos enquanto o seu motorista lhes vai trazendo um termos com café e uns pastelinhos de nata. O Ambrósio trás "algo", à senhora do chapéu amarelo, enquanto ela espera por ser atendida. Agora isso vai acabar! A patroa do Ambrósio vai pagar muito mais do que o próprio Ambrósio, a não ser que... Espera, a não ser que, ele declare aquilo que ganha ( não tem outro remédio) e ela prove ter o salário mínimo nacional. E porque não?
O chocante nesta história é o reconhecimento público da fuga aos impostos e uma completa aceitação dessa situação. Com a maior franqueza, pagaria sem resmungar a minha parte de impostos se sentisse que era uma situação partilhada. Certo, estamos todos no mesmo barco, faz sentido remarmos mesmo contra a maré. Mas TODOS. Assim não.
M.L.
segunda-feira, 13 de setembro de 2004
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