sexta-feira, 5 de agosto de 2005

pausa

Meio-dia. Um canto da praia sem ninguém.
O sol no alto, fundo, enorme, aberto,
Tornou o céu de todo o deus deserto.

A luz cai implacável como um castigo.
Não há fantasmas nem almas,

E o mar imenso solitário e antigo,
Parece bater palmas.


Sophia de Mello Breyner Andresen

SC

Sem comentários: