terça-feira, 30 de agosto de 2005
segunda-feira, 29 de agosto de 2005
No fundo, no fundo, não passo de um exemplar representante da raça
"Feitos Gastronómicos distinguem portugueses no livro dos recordes
Gaspachos, francesinhas, cavacas, pão com chouriço, broas e outros petiscos em tamanho gigante marcam presença lusa no Guiness (...)"
a não perder, na última página do Público de hoje
Miguel Alves
Gaspachos, francesinhas, cavacas, pão com chouriço, broas e outros petiscos em tamanho gigante marcam presença lusa no Guiness (...)"
a não perder, na última página do Público de hoje
Miguel Alves
sexta-feira, 26 de agosto de 2005
nada a declarar
dive for dreams
or a slogan may topple you
(trees are their roots
and wind is wind)
trust your heart
if the seas catch fire
(and live by love
though the stars walk backward)
honour the past
but welcome the future
(and dance your death
away at this wedding)
never mind a world
with its villains or heroes
(for god likes girls
and tomorrow and the earth)
e.e. cummings, ninety-five poems
SC
quinta-feira, 25 de agosto de 2005
ela
o ‘independente’ arruaceiro tratou-a com desprezo, ‘ela’, a que nada fez que não fosse ideia dele, ‘ela’, e apontava, rodando na cadeira que o fez subir à mesa ao nível do cinto, disfarçando o caga-tacos que é
o outro, o dos ‘portanto’ por tudo e por nada, mal falava, baixo baixinho, para não nos darmos conta dos ‘portanto’ repetidos, para não nos darmos conta que finge que concorre mas no fundo não concorre para ver se ‘ela’ ganha ao que tratou de tudo antes dos tempos serem tempos, dos pavilhões nas escolas, da alimentação das crianças, dos bairros para os imigrantes, do futuro ali para os lados de Paço d’Arcos sur mer
apesar dos pesares, ainda bem que não voto em Oeiras e voto em Lisboa
zé
o outro, o dos ‘portanto’ por tudo e por nada, mal falava, baixo baixinho, para não nos darmos conta dos ‘portanto’ repetidos, para não nos darmos conta que finge que concorre mas no fundo não concorre para ver se ‘ela’ ganha ao que tratou de tudo antes dos tempos serem tempos, dos pavilhões nas escolas, da alimentação das crianças, dos bairros para os imigrantes, do futuro ali para os lados de Paço d’Arcos sur mer
apesar dos pesares, ainda bem que não voto em Oeiras e voto em Lisboa
zé
terça-feira, 23 de agosto de 2005
segunda-feira, 22 de agosto de 2005
Moderna
Papéis Tabacos Livros,
Rua Saraiva de Carvalho, 145 E
vende
Mapa das Ilhas Adjacentes
Arquipélago dos Açôres e Madeira
zé
Rua Saraiva de Carvalho, 145 E
vende
Mapa das Ilhas Adjacentes
Arquipélago dos Açôres e Madeira
zé
poemas que estão (iii)
Nós os dois, juntos, não precisamos
de sonhos, nem sagas, lendas, ritos
instrumentos de corda, não precisamos
de esmalte, estuque, porcelana,
é nítida a espiral
da ponta dos nossos dedos, abertura
auditiva sobreposta a uma concha
de carne, que tocada com as mãos
ou com a ponta da língua, irradia
em todo o lado a febre, o tremor,
o precipício do sangue, transparente,
deslumbrante é o sentido dos nossos
orgãos, claro o uso da respiração,
da saliva, dos dedos, das sombras
que escurecem o olhar, é certa,
sedante a profundidade dos caminhos,
os túneis, as reentrâncias, bela é
a superfície, a extremidade, a tinta
dos botões, da textura, da linha
da pele. Neste altar,
a bíblia são as nossas palavras
pedra, escapando de entre os lábios, a cisão
demente. Aqui, os deuses, todos,
emudecem atónitos,
aprendem connosco, espasmo após espasmo,
o alimento profano.
Andrea Inglese
Tradução: SC, 2005
SC
sábado, 20 de agosto de 2005
em audição (desejando 6 de Setembro)
Fez-se mar
Sem ar no meu penar
Demora não, demora não
Vai ver, o acaso entregou
Alguém pra lhe dizer
O que qualquer dirá
Parece que o amor chegou aí (2x)
Eu não estava lá, mas eu vi (2x)
Clareira no tempo
Cadeia das horas
Eu meço no vento
O passo de agora
E o próximo instante, eu sei, é quase lá
Peço não saber até você voltar, ah...
Vai ver, o acaso entregou
Alguém pra lhe dizer
O que qualquer dirá
Parece que o amor chegou aí (2x)
Eu não estava lá, mas eu vi (2x)
Clareira no tempo
Cadeia das horas
Eu meço no vento
O passo de agora
E o próximo instante, eu sei, é quase lá
Peço não saber até você voltar, ah...
pois vá embora, por favor
que não demora pra essa dor
sangrar
quem é mais sentimental que eu?!!...
então fica bem ... se eu sofro um pouco mais.
quem sabe o que é ter e perder alguém
faz tanta falta o teu amor e te esperar...
zé
sexta-feira, 19 de agosto de 2005
a navegar
se alguem numa curva me convidar
eu vou lá
que andar é reconhecer
olhar
eu preciso andar
um caminho só
vou buscar alguém
que eu não sei quem sou
Clareira no tempo
Cadeia das horas
Eu meço no vento
O passo de agora
E o próximo instante, eu sei, é quase lá
Peço não saber até você voltar, ah...
zé
eu vou lá
que andar é reconhecer
olhar
eu preciso andar
um caminho só
vou buscar alguém
que eu não sei quem sou
Clareira no tempo
Cadeia das horas
Eu meço no vento
O passo de agora
E o próximo instante, eu sei, é quase lá
Peço não saber até você voltar, ah...
zé
Isto parece um jogo de ténis...
... com o Atlântico a servir de rede
Audição de lá, Audição de cá:
Para além de andar a descobrir ou redescobrir rock progressivo, seja mais antigo (genesis, jethro tull, yes, king crimson, van der graaf generator, ...) ou mais recente (porcupine tree, anathema, dream theater, kino, transatlantic, marillion, ...), na minha última incursão pela FNAC, trouxe esta pérola:
Voltar a ouvir o Uncertain Smile dos The The, o My Love Life do Morrissey, o Burning Down the House ao vivo dos Talking Heads, o A Hold of Me dos Boomtown Rats, o Wax and Wane dos Cocteau Twins ou o Here's Where the Story Ends dos The Sundays, entre outras faixas fantásticas, faz-me muitíssimo bem ao humor. A 1ª compilação do Som da Frente (1982-1986) que já lá tinha em casa é um bocado melhor que esta mas esta também é muito boa...
Hoje trouxe aqui para ouvir um disco de covers do Bob Dylan que saiu com o último número da Mojo. Várias faixas a rivalizar em qualidade com os originais do "velhinho"
Miguel Alves
Audição de lá, Audição de cá:
Para além de andar a descobrir ou redescobrir rock progressivo, seja mais antigo (genesis, jethro tull, yes, king crimson, van der graaf generator, ...) ou mais recente (porcupine tree, anathema, dream theater, kino, transatlantic, marillion, ...), na minha última incursão pela FNAC, trouxe esta pérola:
Voltar a ouvir o Uncertain Smile dos The The, o My Love Life do Morrissey, o Burning Down the House ao vivo dos Talking Heads, o A Hold of Me dos Boomtown Rats, o Wax and Wane dos Cocteau Twins ou o Here's Where the Story Ends dos The Sundays, entre outras faixas fantásticas, faz-me muitíssimo bem ao humor. A 1ª compilação do Som da Frente (1982-1986) que já lá tinha em casa é um bocado melhor que esta mas esta também é muito boa...
Hoje trouxe aqui para ouvir um disco de covers do Bob Dylan que saiu com o último número da Mojo. Várias faixas a rivalizar em qualidade com os originais do "velhinho"
Miguel Alves
quinta-feira, 18 de agosto de 2005
quarta-feira, 17 de agosto de 2005
poemas que estão (ii e meio)
The two of us together have no need
of dreams, nor sagas, legends, or rites,
stringed instruments, we have no
need of enameling, stucco, porcelain,
distinct is the spiral motif
of our fingertips, the auditory
opening surmounted by a shell
of flesh, which, grazed by hands
or tip of tongue, irradiates
the fever everywhere, the trembling,
the plunge of the blood, transparent,
dazzling is the sense of our
organs, clear is the use of breath,
saliva, finger, the shadows
that darken the gaze, assured,
sedating is the depth of the passes,
the tunnels, the pleats, good
is the surface, the tip, the tint
of the cuffs, the fabric and the lining
of flesh. On this altar
the bible is our hoarse
words, escaping our lips, the demented
keening. Here the divinities, all of them,
are hushed, stunned they fall silent,
learn from us, spasm after spasm,
terrestrial nourishments.
Andrea Inglese,
Tradução: Gabriele Poole, 2005
SC
terça-feira, 16 de agosto de 2005
Agosto (IX)
Agosto (VIII)
a papelaria Papiro em Odeceixe, a exposição de joalharia na Galeria Municipal de Aljezur, das pinturas Diálogos pelas ruas da zona histórica, e de Mulheres Actuais no Café Machado Viana
zé
zé
Agosto (IV)
frango de churrasco, batatas fritas ti-ti, pão de Mafra, Sagres em lata (jardim da Parada, Campo d'Ourique)
zé
zé
Agosto (III)
mexilhão ao natural, sopa de peixe, feijoada rica de chocos e polvo, sargo grelhado, bife de atum à moda de Tavira, arroz de lavagante, percebes, pão do Rogil, arroz de marisco (concelho de Aljezur)
zé
zé
sexta-feira, 12 de agosto de 2005
poemas que estão (ii)
Noi due assieme non abbiamo bisogno
di sogni, né di saghe, leggende, riti,
strumenti ad arco, non abbiamo
bisogno di smalti, stucchi, porcellane,
è nitido il motivo a spirale
dei nostri polpastrelli, il foro
uditivo sormontato da una conchiglia
di carne, che sfiorata con mani
o punta di lingua irradia
ovunque la febbre, il tremore,
il precipizio del sangue, è limpido,
abbagliante il senso dei nostri
organi, è chiaro l’uso del fiato,
della saliva, del dito, delle ombre
che passano nello sguardo, è sicura,
sedativa la profondità dei varchi,
delle gallerie, delle pieghe, è buona
la superficie, la punta, la tinta
dei risvolti, la stoffa e la fodera
delle carni. Su questo altare
la bibbia sono le nostre parole
roche, sfuggite per sbaglio, le nenie
dementi. Qui le divinità, tutte,
tacciono, si spengono attònite,
imparano da noi, spasmo per spasmo,
i nutrimenti terrestri.
© 2001, Andrea Inglese, Inventare, Editrice Zona
SC
quinta-feira, 11 de agosto de 2005
terça-feira, 9 de agosto de 2005
pequeno apontamento
fora do mundo (III)
De Prometeida
Delegados de los siglos se han dado cita alrededor de la mesa arruinada, y a las cartas – con sentimientos contrarios – se juegan el destino de los reinos de la vida.
El mago se ha hecho invisible. Los amantes tienen buena estrella aunque estén
acorralados. Es el diablo con la baza de corona y muerte quien ha engendrado la
zozobra en el juego. Afuera, la torre sigue derrumbándose. Ninguna civilización podía
haberse levantado sin la obstinada visión de la locura.
El tiempo avanza a su fin. Los jugadores se miran hostiles. Hay una pugna mortal pues,
a las cartas – con sentimientos contrarios – se juegan el destino de los reinos de la vida.
Y el emperador y la muerte de nuevo se llevan todas las fichas al lado de su dueño.
No obstante quedan reservas. La naturaleza canta sus depósitos. La luna crece. El
ahorcado sonríe siempre invulnerable. El juicio prosigue transformando la provincia
solar en universo sin trabas. Las constelaciones descienden cerca de las cabezas de los
jugadores.
La poesía extrae de la manga de su túnica los acontecimientos. El mundo así lo
entiende. Y se apresta a purificarse para la exigente actividad de la resurrección.
1989, Fernando Rendón
Bajo otros soles, Ojo Editorial, Medellín, 1989
SC
Delegados de los siglos se han dado cita alrededor de la mesa arruinada, y a las cartas – con sentimientos contrarios – se juegan el destino de los reinos de la vida.
El mago se ha hecho invisible. Los amantes tienen buena estrella aunque estén
acorralados. Es el diablo con la baza de corona y muerte quien ha engendrado la
zozobra en el juego. Afuera, la torre sigue derrumbándose. Ninguna civilización podía
haberse levantado sin la obstinada visión de la locura.
El tiempo avanza a su fin. Los jugadores se miran hostiles. Hay una pugna mortal pues,
a las cartas – con sentimientos contrarios – se juegan el destino de los reinos de la vida.
Y el emperador y la muerte de nuevo se llevan todas las fichas al lado de su dueño.
No obstante quedan reservas. La naturaleza canta sus depósitos. La luna crece. El
ahorcado sonríe siempre invulnerable. El juicio prosigue transformando la provincia
solar en universo sin trabas. Las constelaciones descienden cerca de las cabezas de los
jugadores.
La poesía extrae de la manga de su túnica los acontecimientos. El mundo así lo
entiende. Y se apresta a purificarse para la exigente actividad de la resurrección.
1989, Fernando Rendón
Bajo otros soles, Ojo Editorial, Medellín, 1989
SC
Contagem decrescente
Wed, Feb 8th, 2006
Lisbon, Portugal
Pavilhao Atlantico
On Sale: now
Order Details: www - http://www.ticketline.pt/ www - www.plateia.iol.pt
phone - +351 21 00 36 300
SC
Lisbon, Portugal
Pavilhao Atlantico
On Sale: now
Order Details: www - http://www.ticketline.pt/ www - www.plateia.iol.pt
phone - +351 21 00 36 300
SC
Em audição por cá...
... albuns que lembram épocas
Um dos álbuns que mais gosto (talvez a melhor mistura de Jazz e Rock que ouvi, e olhem que já ouvi muitas) e que me faz mais revisitar os Pink Floyd
Se há album que me consegue transportar para uma época é este. Faz-me sempre lembrar aquelas tardes/noites chuvosas dos anos 80 na altura em que a Thatcher andava a fazer a folha aos mineiros e em que na TV a preto e branco lá de casa passava "A Teia", que os meus pais só a muito custo me deixaram ver.
Miguel
Um dos álbuns que mais gosto (talvez a melhor mistura de Jazz e Rock que ouvi, e olhem que já ouvi muitas) e que me faz mais revisitar os Pink Floyd
Se há album que me consegue transportar para uma época é este. Faz-me sempre lembrar aquelas tardes/noites chuvosas dos anos 80 na altura em que a Thatcher andava a fazer a folha aos mineiros e em que na TV a preto e branco lá de casa passava "A Teia", que os meus pais só a muito custo me deixaram ver.
Miguel
segunda-feira, 8 de agosto de 2005
Em audição (2+1)
it is at moments after i have dreamed
of the rare entertainment of your eyes,
when (being fool to fancy) i have deemed
with your peculiar mouth my heart made wise;
at moments when the glassy darkness holds
the genuine apparition of your smile
(it was through tears always)and silence moulds
such strangeness as was mine a little while;
moments when my once more illustrious arms
are filled with fascination, when my breast
wears the intolerant brightness of your charms:
one pierced moment whiter than the rest
-turning from the tremendous lie of sleep
i watch the roses of the day grow deep.
e.e.cummings
SC
sábado, 6 de agosto de 2005
sexta-feira, 5 de agosto de 2005
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