quarta-feira, 9 de agosto de 2006

Políticas Ventosas [001]

Por políticas ventosas entendam-se as políticas que, à semelhança deste blog, são apenas e nada mais que um enorme, redondo e ambulante saco de vento. São também, porque ventosas, as que se agarram teimosamente a um objecto quando se lhes tira o ar deixando, no espaço do vento, o mais absoluto vácuo.
A "Guerra das Rosas" na assembleia da República fez a sua primeira vítima: a Democracia.
Ao ver promulgada a "Lei da Paridade", os partidos políticos vêem-se assim na obrigação de eleger a quota de mulheres necessária ao cumprimento da lei.
Ao reconhecer que na Assembleia da República, orgão máximo da soberania popular, não existe paridade, o que estão o governo e restantes políticos a admitir? Nada menos que a inexistência de factores económicos, sociais e sobretudo culturais que permitam o aumento da desejável quota de mulheres representantes do Povo.
Esta lei, que desagrada a alguns dos partidos por comprometer a liberdade partidária, a mim desagrada-me por motivos diferentes: porque é uma lei que, em vez de atacar o problema na sua génese, o vai atacar nas consequências; porque é uma lei que vai perverter a real condição de igualdade entre os sexos - uma igualdade forçada não é mais que uma falácia.
E depois vamos a quê? Aos deficientes, aos brancos e pretos? Aos licenciados e não licenciados?
A tomar nota da imagem abaixo [via "Lua"]...
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