A província mais rica do Sudão em recursos naturais vê-se assim uma vez mais manchada pelo horror da guerra sem quartel, após um período de estabilização ocorrido no final do ano passado.
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Silêncio.
Quando falamos de Darfur, falamos de silêncio. Silêncio acerca do extermínio, violação em massa das mulheres, entre outras atrocidades cometidas pela "Janjawid", a milícia árabe aliada do governo sudanês. O mundo cala-se, absorvido pela informação massiva da "luta contra o mal" e do "anti-terrorismo". O mundo cala-se e esquece Darfur, entretanto afastado do soundbyte e do horário nobre da televisão.
"Mas, aqui como sempre, é a vontade política dos membros do Conselho de Segurança que é determinante e não um suposto activismo institucional da ONU.
Que os EUA, visivelmente movidos pelos seus objectivos estratégicos de combate ao terrorismo islâmico e de procura de fontes energéticas alternativas (o petróleo do sul do Sudão), e a União Europeia se mostrem agora disponíveis para uma condenação firme e com consequências políticas é, de facto, a diferença clara relativamente à passividade registada no caso do Ruanda, há precisamente dez anos atrás, e em muitas outras catástrofes que têm pautado o mais de meio século de existência das Nações Unidas."
[José Manuel Pureza]
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