quarta-feira, 9 de agosto de 2006

Ventos de Guerra [003]

"No Público ficamos a saber que a emoção nos tolda o entendimento. É óbvio, quem considera inadmissível o massacre de crianças é porque esconde um terrorista dentro. A incansável Esther Mucznik explica-nos que a nossa “compaixão é um instrumento de ódio”. A guerra é desigual, embora Israel tenha um armamento muito sofisticado, nenhum país “civilizado” poderá vencer o Hezbollah por causa da sua arma secreta – “o desprezo pela vida humana”.
Sábias palavras! Ficamos a perceber que as centenas de mortos civis em Gaza e os 800 mortos no Líbano, só neste último mês, significam o profundo respeito pela vida humana do Estado de Israel. Certamente que há dezenas de anos matam palestinianos por amor, e o Supremo Tribunal de Justiça aprova o direito das autoridades torturarem suspeitos por caridade. No mesmo diário, o director confirma a cronista, dizendo que Israel está em desvantagem nesta guerra, porque os terroristas querem provocar as emoções e manipular a opinião pública. E apesar de estarmos num país em que a quase totalidade dos jornais, os seus donos e os comentadores são favoráveis a Israel, os pobres portugueses continuam a revolver-se quando vêem uma criança morta. Tenhamos esperança que, com tanto editorial esclarecido, alguém conseguirá separar a razão da emoção, tenhamos coragem de perceber que há massacres bons! Basta ler as notícias do Público."
A não perder a leitura integral do artigo de Nuno Ramos de Almeida.
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