sábado, 17 de abril de 2004

Adoro a minha cidade!

Como já aqui referi sou mesmo de Lisboa, nascida e criada cá. E vou contra a moda, afirmando que gosto mesmo muito desta minha terra. Claro que gosto de passar uns fins de semana, de vez em quando, lá no campo o que também tem as suas vantagens mas é porque sei que depois volto “para casa”. E a quem tem a desgraça de trabalhar aqui e viver nos arredores, só posso dizer que ficou com o pior dos dois mundos possíveis. Porque exactamente esta cidade é mais linda é mesmo ao fim de semana.
Se evitarmos cautelosamente Centros Comerciais ( mas quem é a pessoa de bom-senso que o não faz?) o passearmos por estas ruas serenas e com pouco trânsito é um dos grandes prazeres da vida.

O entardecer nesta terra tem uns tons mágicos como raramente se vê noutros locais. Como se passou mais de um século já tinha atrevimento para “pastichar” o Cesário e dizer
“Nas nossas ruas, ao anoitecer,
há tal tranquilidade, tal melancolia,
que as sombras, o bulício, o Tejo, a maresia,
despertam-me um desejo absurdo de sonhar”

Fui a uma matinée de um filme que passa em dois dias tão grande é (amanhã, depois da segunda parte venho aqui falar dele, de certeza!) e, por um lado para saborear o filme enquanto e o ia recordando, e por outro porque o dia estava lindíssimo, dei por mim a andar sem destino durante cerca de duas horas... Foi um prazer sensual, a suavidade do ar, as cores dos prédios, os sons abafados, parecia que todos os meus sentidos eram acarinhados ao mesmo tempo.
E hoje reconciliei-me com muita coisa. Cá para baixo, depois de um post onde também falava de Lisboa com alguma acidez em relação às obras, num comentário o Dias chamava a atenção para o facto de que as obras são necessárias. Bom, hoje ainda continuo a achar que podiam ser bastante mais aceleradas, mas creio que até com isso me reconciliei. Realmente gosto desta terra e morro de saudades sempre que tenho de viver longe dela!
M.L.

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