Se evitarmos cautelosamente Centros Comerciais ( mas quem é a pessoa de bom-senso que o não faz?) o passearmos por estas ruas serenas e com pouco trânsito é um dos grandes prazeres da vida.
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O entardecer nesta terra tem uns tons mágicos como raramente se vê noutros locais. Como se passou mais de um século já tinha atrevimento para “pastichar” o Cesário e dizer
“Nas nossas ruas, ao anoitecer,
há tal tranquilidade, tal melancolia,
que as sombras, o bulício, o Tejo, a maresia,
despertam-me um desejo absurdo de sonhar”
Fui a uma matinée de um filme que passa em dois dias tão grande é (amanhã, depois da segunda parte venho aqui falar dele, de certeza!) e, por um lado para saborear o filme enquanto e o ia recordando, e por outro porque o dia estava lindíssimo, dei por mim a andar sem destino durante cerca de duas horas... Foi um prazer sensual, a suavidade do ar, as cores dos prédios, os sons abafados, parecia que todos os meus sentidos eram acarinhados ao mesmo tempo.
E hoje reconciliei-me com muita coisa. Cá para baixo, depois de um post onde também falava de Lisboa com alguma acidez em relação às obras, num comentário o Dias chamava a atenção para o facto de que as obras são necessárias. Bom, hoje ainda continuo a achar que podiam ser bastante mais aceleradas, mas creio que até com isso me reconciliei. Realmente gosto desta terra e morro de saudades sempre que tenho de viver longe dela!
M.L.
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