domingo, 11 de abril de 2004

Fim de férias...

Fim de férias...
De volta a Lisboa, depois deste período de pausa ( que alarguei deslocando alguns dias das minhas férias “grandes” para estas, pequeninas) quase nem conheço a minha cidade num final de Domingo de perfeito sossego.
Sou Lisboeta. Gosto de Lisboa. Sei perfeitamente que é uma cidade-manta-de-retalhos, onde cada Bairro tem características bem distintas e que resolvem competir entre si. Ter nascido e vivido em Campo de Ourique não tem nada a ver com ter nascido e vivido em Alvalade por exemplo, ou na Graça, ou em Alcântara, etc. Quem cai cá no burgo de pára-quedas – sem ofensa – pode não sentir nada disto, mas olhem que é mesmo verdade. Dizem-me que ninguém conhece ninguém. Quando se sai do bairro é certo, mas... Eu conheço bem a gente do meu prédio e, de vista, a da minha rua. No meu bairro sinto-me em casa. No quiosque dos jornais já sabem o que eu compro, no café trazem-me a bica cheia sem pedir.
Mas reconheço que é um inferno as obras permanentes e tudo indica que descoordenadas, o trânsito caótico, a impaciência que se apodera das pessoas todas as manhãs. E quando volto de mini-férias já venho preparada para a dança da procura de estacionamento, para um mergulho no barulho e confusão.
Mas hoje, devo dizer aleluia ! de acordo com a quadra. Deve ter saído muita gente para longe, é o que imagino, que a cidade está irreconhecível. Quase nem espero nos semáforos, não se ouve barulho, e até tenho lugar para estacionar mesmo em frente de casa. Parece magia.
E ainda por cima um entardecer lindíssimo, com uma luz suave e doce, para me aconchegar melhor neste regresso.
Vamos ver como me sinto amanhã de volta ao trabalho...

M.L.

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