quinta-feira, 19 de fevereiro de 2004

Carnaval e Consumismo

Agora que o Carnaval está à porta, não se entra em qualquer supermercado ou "loja de 300" sem sermos rodeados dos mais variados fatos de máscaras. Cada ano se escolhe e compra já feito um fato que corresponde ao que é "moda" para esse ano nas crianças.
Como é? Moda na imaginação?
Quando eu era criança brincava-se muito ao "faz de conta", o que quer dizer aos polícias e ladrões, aos pais e filhos, aos médicos, aos cowboys e índios, às escolas... eu sei lá. era o que apetecia no momento, mas para isso quase sempre tinhamos que nos vestir de acordo com o "teatro" que se fazia. Roubava-se os sapatos e carteiras da mãe, colchas de cama, cabides, lenços, panelas, muita roupa dos mais crescidos e adaptações várias. Claro que não se ficava tal e qual o modelo, mas a imaginação fazia o resto.
Esses teatros que duravam todo o ano, tinham o seu ponto alto no Carnaval. Aí a máscara era mais "a sério" o que quer dizer que havia uns retoques da família, a avó fazia uma saia comprida de "dama antiga com uma cortina, ou um colete de pirata de um antigo do avô mais uns bordados por cima. mas aquele fato era mesmo nosso ninguém tinha um igual e podia continuar a servir para brincar o resto do ano em casa.
Não costumo ser saudosista, mas acho que estes fatos feitos em série, além de obviamente mais caros, são um pouco de usar e deitar fóra, não tem metade da magia dos meus!
M.L

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