sexta-feira, 27 de fevereiro de 2004

Quando o mar bate na rocha

Através da imprensa chega-nos uma dança de informações e números um 9ocado contraditórios quanto ao que se gasta em medicamentos, o que se poupou ou quem paga mais nesta história toda.
A Ordem dos Médicos garante que estes estão a passar mais receitas de genéricos (o “mais” é relativo porque dantes não se receitavam) e que este ano foi muito positivo.
Por outro lado a Associação Nacional de Farmácias diz que os utentes poderiam ter poupado 40 milhões de euros se os médicos tivessem realmente receitado “a sério”. Isto, pelo que a ANF diz, porque o Estado deixou de comparticipar pelo preço de venda ao público e comparticipa sobre um preço mais baixo, os genéricos.
[Há também gente pouco informada, que imagina que se o genérico é mais barato não deve ser tão bom... E ouvi contar de casos onde o doente começou a acumular: tomava o medicamento que já tinha (para aproveitar) e por cima o genérico, fazendo autênticas overdoses!]
Mas o engraçado é que neste ping-pong de acusações, como era de prever, o Estado ainda poupou 36 milhões de euros e os utentes pagaram mais 85 milhões. Nada que nos espante, o mexilhão é o mesmo...

M.L.

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