sexta-feira, 13 de fevereiro de 2004

Reciclar a simpatia não era mau...

Eu não sei quem é que gere e organiza os “ecopontos”. Deve ser uma empresa que depois de recolher os materiais os recicla e aproveita os lucros. A verdade é que tem gasto bom dinheiro em publicidade. Já perdi de conta os diversos anúncios, e que passam em horários nobres, portanto muito caros tanto quanto sei. Mas a mensagem a incentivar o cidadão anónimo a colaborar nos tais 3 R passa sempre por dizerem que pôr os lixos no ecoponto é facílimo. Ou são criancinhas inexperientes que percebem logo, ou até bebés que acertam com os formatos das caixinhas, e se bem me lembro até já entrou um macaco que via logo onde enfiar o produto no locar certo. Para mim, a mensagem é antipática por arrogante – eu cá não gosto que me chamem burra, fico logo de pé (ou pata ) atrás.
Mas, além de antipática a mensagem é falsa. Suspeito que o criativo da agência de publicidade não costuma utilizar o ecoponto. Porque, meus amigos, NÃO É no azul põe-se papel e cartão, no verde põe-se vidro e no amarelo embalagens. Isso, acredito que o macaco fazia. Mas tenho as maiores dúvidas que o tal bicho visse que o papel de fax já não serve, que o vidro se fôr de cristal ou de janela também não serve, e as embalagens devem ir limpas. Valha-me Sant’Ecoponto!
Por outro lado, o dinheiro dessa publicidade talvez fosse bem empregue em pagar a mais camionetas para esvaziar os recipientes cheios. Ou é azar meu, ou por onde costumo passar o espectáculo é triste de ver, por os recipientes transbordarem de material. Com aquelas vistas não há boa vontade que resista, apetece é fugir e deitar tudo no lixo normal.

M.L.

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