É bastante vulgar uma pessoa ter a sensação de que perante uma escolha ou opinião, faça como fizer será sempre criticada. (criticada negativamente, é bom de ver)
Vem isto a propósito de um post do Rui Tavares no Barnabé, onde criticava a Xis do "Público" e logo lhe caíram em cima censurando que estava a para ali a mandar vir mas... também lia a revista. Este tipo de argumento, com que obviamente também apanho, deixa-me sempre irritada. É que é o perfeito sofisma, porque se dizemos que não vimos / ou ouvimos / ou lemos, é claro que a crítica até tem a sua razão: “Então se não viu como é que diz que é mau?!”. Mas se confirmamos que estamos a dizer isso com fundamento, porque vimos, a crítica é ao contrário “Pois, é mau, é mau, mas sempre vai vendo!” Sinto-me completamente encurralada porque, por esta ordem de ideias, NUNCA se poderia criticar nada!
Em relação a vários programas da TV costumo ver um ou dois antes de tomar uma posição(apesar de, confesso, muitas vezes já antecipadamente ter minha opinião, que só se confirma). É claro que até com este método posso apanhar com a resposta: “Tiveste a pouca sorte de ver os piores”. Mas defendo que o método de ir ver, mas de espírito aberto para mudar de opinião, se for caso disso, ainda é o mais correcto. Reconheço que quase sempre sem sorte, pelo que já tenho tido pegas valentes!
De facto vivemos no país da história “do velho, o rapaz e o burro”
M.L.
quarta-feira, 25 de fevereiro de 2004
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