quinta-feira, 26 de fevereiro de 2004

Generosidade com o dinheiro alheio

Por acaso, não sou nada sensível às campanhas de publicidade. Acho até que, muitas vezes funciono ao contrário do previsto e desconfio dos produtos muito publicitados. É evidente que acontece, por vezes, despertar-me a curiosidade o modo como algumas coisas são apresentadas, também não sou exactamente o perfeito “espírito de contradição”... Há frases e expressões que parecem meias tontas e creio que por isso mesmo “entram no ouvido” e acabam por ser usadas no quotidiano de todos nós.
Mas isto vem a propósito de um anúncio que tem o tal efeito oposto ao pretendido – no meu caso em concreto.
O Banco Totta quer convencer-nos a abrir uma conta-ordenado com o chamariz de que uma percentagem do lucro irá para a AMI. Não é exactamente publicidade enganosa, mas olhem que anda por lá perto. Uma conta-ordenado é, para todos os efeitos, um crédito aberto, (embora com limites, é certo) com tudo o que isso implica: podemos gastar mais do que temos mas depois pagamos com língua de palmo. E, é desse lucro que o banco vai ter, que dará uma percentagem, mínima, à AMI.
Não, muito obrigada! Tenho muita simpatia pela AMI, tanta que prescindo de intermediários; prefiro ir directamente à fonte.
M.L.

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