sexta-feira, 26 de março de 2004

Causa e Efeito

Parece que na nossa terra se casa menos. Menos do que dantes pelo menos, porque não sei bem qual o termo de comparação, se também é com outras paragens. Mas, pelo que li, os dados dizem que se registam menos casamentos
Li-o por aqui.(vamos ver se desta vez o link fica certo, que às vezes sai-me o tiro ao lado) Bom, casa-se menos. Contudo, honestamente, o amor não me parece em baixa, se olharmos à nossa volta tropeçamos constantemente em casalinhos a mostrar efusivamente o que lhes vai na alma. Mas então porque é que não casam? Para além do aspecto também conhecido do aumento das uniões de facto, casamento sem contrato escrito, há ainda muitos jovens que continuam uns namoros muito prolongados pelo facto tão elementar de não conseguirem pagar uma habitação para si próprios.
Tenho uma jovem amiga que "tem a sorte" de ter um emprego e o namorado também é um bom profissional e também tem emprego estável. Procuram uma casa, e imagine-se o civismo ( ! ) queriam num local com transportes razoáveis para evitar andar de carro. Têm andado por todo o lado sem nada lhes agradar muito. Recentemente tinham ficado mais animados porque lhes falaram de um empreendimento da EPUL que ia a licitação. Bom, pensaram, inocentes, se é da EPUL é natural que já seja mais acessível, vamos lá espreitar. Ontem falou-me. Só para rir, é claro! O T1 mais barato tinha licitamento de base de 40.000 contos; outro ainda T1, já andava pelos 60.000contos. Se este casal pensar ter filhos teriam que pensar era num T2 não é? Estamos mesmo a brincar... Já se imaginou o que é 60.000 contos de base ? Claro que podemos pensar "Quem quer luxos, paga-os!", mas atenção, isto é da EPUL. A vocação da EPUL não era fazer equipamentos para a alta burguesia, que eu soubesse.
Ainda dizem, e com razão, que hoje os jovens saem de casa dos pais cada vez mais tarde. Pudera. Mas sair para onde? Tudo indica que não será nos meses mais próximos que vou visitar a Dulce e o João no seu espaço próprio !
M.L.

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