sexta-feira, 19 de março de 2004

Uma emenda

Voltei a passar por aqui e ao reler o que escrevi dois posts abaixo fiquei com muito má consciência. Mesmo muito má. Porque chamei a atenção para o aspecto “consumista” do Dia do Pai, o que continuo a achar censurável, mas fiquei-me por aí. E a verdade é que Dia do Pai ou Dia da Mãe são dias bonitos. Porque é um encadeado de relações geracionais, de grande ternura e que a todos sabe bem. Mesmo quando existem conflitos, e isso é frequente e é natural, este é um dia de tréguas.
Se ainda somos crianças é uma imagem forte, o Pai é idealizado, a pessoa que sabe tudo, que pode tudo, que podemos sempre (pelo menos em imaginação) chamar em nosso socorro – “Olha que eu digo ao meu pai!”. E nos dias de hoje, o pai em muitos casos deixou de ser aquela figura autoritária e distante que era uma referência antigamente. Para os meninos de hoje, Pai relembra sobretudo ternura, compreensão, carinho, protecção.
E depois é importante lembrar que estes Pais têm também os seus próprios pais. Mais cansados, menos fortes, menos ideais, mas por quem também se sente uma grande ternura e muito amor. Mesmo quando já desapareceram, estão sempre vivos no nosso coração, na nossa saudade, na nossa memória.
Bom Dia para todos os Pais, e parabéns por o serem
M.L.

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