Não sendo uma "telemoveldependente", acho que esses aparelhos têm bastante utilidade. Ainda não me salvaram a vida, mas têm-me ajudado a sair de situações difíceis. Ainda há muito poucos dias, a caminho de uma reunião de alguma importância num subúrbio onde nunca tinha ido, só com as indicações que me vinham chegando por esse aparelhómetro consegui resolver airosamente a situação. Cheguei lá a dizer "abençoado seja quem inventou esta máquina"!
Mas isto não me impede de considerar por um lado a dependência de algumas pessoas, completamente patológica, controlando ( ou julgando que controlam) os amigos e familiares de um modo quase persecutório, falando-lhes a todo o momento e nas situações mais incríveis; por outro lado tenho de achar completamente cómico o modo como muita gente o usa, por sistema falando aos gritos.
E comecei a escrever este comentário exactamente por, ainda há minutos me ter visto, em plena rua, entre 3 pessoas desconhecidas entre si que, literalmente, berravam para o ar. Recuei mentalmente uns anos no tempo, e calculei o que pensariam os meus avós se caíssem de repente numa rua de Lisboa. Observar pessoas de aspecto normal, com uma mão junto a um ouvido, ou às vezes nem isso, e que mantêm uma conversa em voz alta com um interlocutor invisível??? Por menos do que isso foi queimada a Joana d'Arc!
M.L.
quarta-feira, 17 de março de 2004
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