segunda-feira, 1 de março de 2004

Lucidez, que refrescante!

Toca o telefone e um amigo avisa-me “Liga para o NTV, tá a falar o Machado Vaz sobre o tipo do Algarve!” Percebo logo o que ele quer dizer porque tínhamos estado a falar esta tarde do mesmo. Corro para o televisor e ainda apanho quase tudo do programa Amores do Machado Vaz e Gabriela Moita. Que alívio, uma opinião fundamentada, clara, lúcida, e ainda por cima sem azedume. Aqueles dois tiveram apenas a ironia q.b. porque era impossível não a ter mas, depois do que ali disseram acredito que muita gente, pelo menos pense duas vezes antes de falar com ligeireza sobre o assunto. Desta vez houve a serenidade de profissionais.
Que todos somos vítimas de estereotipos culturais não é novidade. Que em assuntos de famílias, cada um defende aquilo que lhe soa melhor, também será normal. Mas onde o Machado Vaz foi muito claro e foi importante ouvi-lo, é que um técnico não pode falar de assuntos da sua formação como se não fosse especialista. Ou é, e não pode dizer disparates, ou não é e não pode ser referenciado como se o fosse. Estou a ser obscura? Se o tal senhor do Algarve fosse citado como o major Villas Boas, poderia falar de comportamentos “normais” que pensaríamos que estava a falar para a tropa; se fôr citado como psicólogo Villas Boas então creio que os seus colegas de profissão podem e devem sair a terreiro. Foi bom ouvir o Machado Vaz e a Gabriela Moita.
M.L.

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